segunda-feira, 23 de junho de 2014





………
Sol que iluminas meus passos,
Vento que murmuras meus pensamentos.
Natureza que criticas o que faço
Vida que segues nos tempos.



                                                                                                                17.09.95








                                             Jeweled Dreams by Megan Aroon Duncanson

                                             CRISTAIS



Pedaços de nuvens
Invadem-me o olhar
Sonhos da cor do azul
Vagueiam no ar
E dizem-me que sim.

Sonhos,
Pedaços daquilo que amo
E quantas vezes
Os sonhos são verdes.

Dias da cor sem sal,
São os dias que passo sem falar…
Olhando apenas a cor do mar
Que teima em se agitar
Que teima em não se deixar apanhar…

Sonhos cor do ar
Os sonhos que insisto em recordar
Deitada na areia, ouvindo o marulhar…

Deitada na areia construo os meus castelos.
Os castelos tem fendas de musgo
As suas torres roçam as nuvens…
São os meus castelos
Castelos da cor do meu ar
Castelos de mil cristais
Que reflectem o teu olhar.
São castelos, são de ar….


Abril 96


                                             Jewels For My Princess by Vicky Brago-Mitchell,

ABRAÇO



Fechei os olhos,
Instantes marcados no relógio
A noite abre-se
Luzes que brilham no escuro…

Fechei os olhos,
Subi as escadas do meu sono, dos meus sonhos,
Estradas infinitas marcadas pelo cansaço.

Fechei os olhos,
Sonhei realidades na obscuridade do meu quarto
A janela aberta
As estrelas, focos das estradas…

É noite,
Não há pressa.
Todos estão a dormir,
A minha estrada?
Apenas a que eu quiser seguir.

Fechei os olhos,
Mas a Lua persegue-me!
Noite…
A música a soprar-me aos ouvidos,
Faz-me olhar para dentro de mim,
Fala-me de uma outra pessoa…
Exótica e sensual…
Que tento ignorar…

A Lua enfurece-me!
A sua calma, como que troça
De mim e do esforço que não consigo…

Fecho os olhos novamente,
Ignoro a Lua cheia,
Ignoro os focos, as estradas
Os caminhos de um amanhã
Que por enquanto ainda é só:
Amanhã!

E adormeço, entregando-me enfim
A um sono a que tentei resistir
E que chamava insistente por mim.
À luz da Lua, o sono abracei

15.Fev.98














quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O dia em que se fez prova que um Soutien Prova De Amor foi...


Conheceram-se:
Enamoraram-se...


Reconheceram um no outro,
O rasto há muito perdido,
Que pouco a pouco, passo a passo
Haviam voltado a trilhar...

Duas Almas
Pouco ou nada, pelo Amor, tocadas.
Não sabiam, como poderiam prever?
Que estavam mutúamente guardadas!


Deixaram-se contagiar...


Sabendo o pouco tempo que tinham,
 Porque o tempo roubado, já era muito,
 Com os olhos, mais  que com a voz,
 Horas a  fio, os dois trataram de se inteirar.

E deixando-se arrastar, na voragem dos sentidos,
Foi então que descobriram:
Não chegava uma mão!
Para enumerar, os lugares conhecidos,
Em que cada um deles sozinho, tinha ido,
Ao outro gémeo procurar....


Ah!..OAmor..Que terrivel o vazio, da outra metade faltar...

Amaram-se...
Não é que tivesse havido realmente um estudo...mas antídoto, esse certamente não havia!


De todos os químicos eficazes,
Conhecidos e descobertos,
À mistura de fluidos:
Sangue e sal,
Suor dele e dela,
Não haveria um, que igualasse!


Mas isso... foi depois...
Estamos aqui para julgar, o Soutien , a prova...



Enlevados no carinho,
Respondendo ao chamamento,
Quando, os olhos já se questionavam,
 E as mãos tímidas, apenas se roçavam...


Quando...a Alma Homem podia, a ter pressionado a ela Fêmea...

Eis o Acto de Amor:


Sabendo-a com frio,
Tratando de aquece-la,
Com mãos hábeis e ligeiras
Um pijama de felpo, é-lhe por ele vestido.
Pois sem nunca a tocar,
Nem haver ainda beijo consentido,
 o Soutien lhe é despido, para a não magoar!


Meus senhores não houveram dedos intrusos! Nem a pele, ela sentiu roçar!
Eram dedos guiados pelo instinto, de quem apenas a queria amar!

Haverá Prova Maior?
Pois se naquela altura, naquele momento, não houve um desnudar??!

Só mais tarde.. a meio da noite, tendo a Fêmea perguntado! Por ele,  homem e Macho,  foi o Amor consumado...


O Soutien? Pendurado!
Pendurado meus senhores,
Bandeira da aquiescência,
Símbolo de liberdade!...

                                          
                                                                                  Por:    Alba Galego        ( Novembro 2011)
                                                                                  Para o amor da minha vida, João Miguel
*Sun-Kissed Rabi Khan
                                

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

PAGU



Túnel






Ave rebelde,

Que voas em picado.

O chão não te assusta

Teu medo não é achado.


O chão é apenas o horizonte!

Que sentido não ser apreciado?!


Plumagem preta que se abre

Que se estende a receber

Pretende abarcar tudo

Apenas tem medo de não ser.


E por isso é

E por isso voa


E por isso se atira em picado!...

Contra tudo e todos

Com a certeza de ter achado

O motivo de dar o dado.


O horizonte é seu.

A sorte: os dados.


O chão depressa é escoado

E mais uma vez, fez seu voo picado!

Sua pretensa loucura,

Prova de que seu dia é sonhado...

                                                                                           Alba Galego (1995)

* Butterfly girl 3 by Raby Khan

Amapola



 




Amapola, lindísima Amapola,
Sera siempre mi alma tuya sola.
Yo te quiero, amada niña mia,
Igual que ama la flor la luz del dia.

Amapola, lindísima Amapola,
No seas tan ingrata y ámame.
Amapola, Amapola,
Como puedes tu vivir tan sola?