segunda-feira, 23 de junho de 2014


ABRAÇO



Fechei os olhos,
Instantes marcados no relógio
A noite abre-se
Luzes que brilham no escuro…

Fechei os olhos,
Subi as escadas do meu sono, dos meus sonhos,
Estradas infinitas marcadas pelo cansaço.

Fechei os olhos,
Sonhei realidades na obscuridade do meu quarto
A janela aberta
As estrelas, focos das estradas…

É noite,
Não há pressa.
Todos estão a dormir,
A minha estrada?
Apenas a que eu quiser seguir.

Fechei os olhos,
Mas a Lua persegue-me!
Noite…
A música a soprar-me aos ouvidos,
Faz-me olhar para dentro de mim,
Fala-me de uma outra pessoa…
Exótica e sensual…
Que tento ignorar…

A Lua enfurece-me!
A sua calma, como que troça
De mim e do esforço que não consigo…

Fecho os olhos novamente,
Ignoro a Lua cheia,
Ignoro os focos, as estradas
Os caminhos de um amanhã
Que por enquanto ainda é só:
Amanhã!

E adormeço, entregando-me enfim
A um sono a que tentei resistir
E que chamava insistente por mim.
À luz da Lua, o sono abracei

15.Fev.98














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